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Reynaldo Bessa
Foto:
Divulgação
O cantor, compositor e violonista, Reynaldo Bessa, está lançando seu terceiro CD “Angico” pelo tradicional selo paulista Devil Discos. O termo “Um papa-jerimum virado à paulista”, tenta expressar os resultados das influências de suas origens (Mossoró - Rio Grande do Norte) com as impressões obtidas da cidade de São Paulo, onde reside há 15 anos. O grande crescimento do trabalho do artista fez com que esta parceria, com a Devil Discos, acontecesse. O novo disco estará no mercado a partir de 10 de outubro de 2002. Reynaldo Bessa vem se destacando como um forte representante potiguar na Música Popular Brasileira.
“Angico” era o nome da fazenda onde Bessa passava as férias escolares, mas segundo o artista, o lugar é mais imaginário do que físico, assim como é “Macondo” para Gabriel Garcia Márquez.
No disco, ele mistura os ritmos típicos do Nordeste com influências pop e sutis ruídos eletrônicos. A poesia forte e o humor inteligente continuam marcantes. Abre o CD com “Suicida” um original funk-baião que contou com as virtuosas participações do baixista Célio Barros e do percussionista Renato Martins. Com a participação do ilustre Osvaldinho do Acordeon (que está também no xote “Quem quer vai, quem não quer manda”) “De Dentro Prá Flora” vem em seguida, é uma das músicas mais executadas do artista e vencedora de vários festivais pelo Brasil. Destaques também para: a balada “Não quero mais” e o funk “Me larga”, bem marcadas pelo couro do pandeiro, grave e pesado, de Douglas Alonso. No pseudojazz “Mademoiselle”, o baixista Sabá é um show à parte.
Duas músicas entram como bônus: “Lamento Urbano”, composição que fala da cidade de São Paulo e “Raiz de Cereja”, ambas do segundo CD “O Beco das Frutas”.
Bessa foi muito influenciado pelo folclore de Câmara Cascudo (ícone da cultura potiguar), modinhas, cantigas de roda. Em Fortaleza absorveu o maracatu e a música feita pelo Pessoal do Ceará e em São Paulo, além de beber na fonte da Vanguarda Paulista, encontrou uma forma diferente de canalizar tudo isso, ou seja, um encontro consigo mesmo. A arte frente a frente.
Reynaldo Bessa lançou seu primeiro CD, “Outros Sóis", em 1994 (independente) e em 1996 o CD “O Beco das Frutas” (Alpha Music). Com esses dois trabalhos, Bessa foi selecionado por dois anos consecutivos pelo comitê do Prêmio Sharp, participou de importantes projetos culturais e ganhou o reconhecimento da crítica especializada.
O artista participou e participa ativamente do circuito cultural da MPB pelo Brasil afora. Nestas andanças, tocou em projetos ao lado de Rosa Passos, Quinteto Violado, Chico César, Alceu Valença, entre tantos outros.
Depois de um ‘virado à paulista’ a melhor pedida é um doce de ‘jerimum’. Experimente!
(*) PAPA-JERIMUM = Expressão que denomina os nativos do estado do Rio Grande do Norte. Nas décadas de 70 e 80, o estado era o maior produtor de jerimum. Sendo este considerado uma grande fonte nutritiva, fazia-se uma papa do jerimum para servir como alimento para os trabalhadores das fazendas, que bem alimentados trabalhariam muito mais.
(*) VIRADO À PAULISTA = Prato tradicional de São Paulo. Leva lingüiça, ovo frito, banana à milanesa, torresmo, bisteca de porco e ainda a couve e o tutu à
mineira. |
Escute uma amostra do
trabalho:
De
dentro
pra Flora
(Reynaldo Bessa)
Com Reynaldo Bessa
Atenção: para ouvir a
amostra você precisa do RealPlayer (gratuito) instalado em seu computador.
Pegue-o na seção de informática do Terra,
clicando aqui.
CD Recomendado pelo
MPBNet:
Outros Sóis [1994]
Angico
[2005]
O
Beco das Frutas [2005]
O Som
da Cabeça do Elefante [2006]
Com os Dentes [2007]
Sim São Paulo
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