(Raul Torres e João Pacífico)
Lá no mourão esquerdo da porteira
Onde encontrei vancê pra despedir
Tem uma lembrança minha, derradeira
É um versinho que eu lhe escrevi
Vancê, eu sei, passa esbarrando nele
E a porteira bate pra avisar
Vancê não sabe que sinal é aquele
E nem sequer se alembra de olhar
E aqui tão longe eu pego na viola
Aquele verso começo a cantar
Uma saudade é dor que não consola
Quanto mais dói
A gente quer lembrar
No dia que doer seu coração
E uma sodade que eu tanto senti
Vancê, chorando, passa no mourão
E lê o verso que eu nele escrevi