(Christian Oyens e Zélia Duncan)
A tempestade me assusta como sua ausência
Você, raio humano, despencou na minha cabeça
E desde então
Grita esse trovão no meu peito
A chuva lá fora chove de fato
Enquanto sua ausência inunda meu quarto
E transborda na cama : agora eu entendo...
Meus sonhos são outros...
Enquanto não durmo, enquanto te espero
E chove no mundo, eu não me acostumo
Com a falta de rumo brasileiro
E esse tom de desespero
Que atingiu nosso amor
Penso no homem
Que dorme nas ruas do Rio
E agora flutua nos rios da rua
E os barracos na beira do abismo
Deslizam no cinismo da Vieira Souto
Meus sonhos são outros...
Enquanto não durmo, enquanto te espero
E chove no mundo, eu não me acostumo
Com a falta de rumo brasileiro
E esse tom de desespero que nos atingiu...
Enquanto não durmo, enquanto te espero
E chove no mundo, eu não me acostumo
Com a falta de rumo brasileiro
E esse tom de desespero
Que atingiu nosso amor
Por dentro dos túneis, no fundo do poço
Ninguém fica imune crescendo no esgoto
E nosso amor, sem risco e sem glória
Se escora na história do país do desgosto
Meus sonhos são outros...
Meus sonhos são outros...
Colaboração: Raquel Nava