Zélia Duncan apareceu no cenário da MPB juntamente com Cássia Eller e
Selma Reis. Usando seu nome de batismo, Zélia Cristina, lançou seu primeiro disco pela
Eldorado, em 1990.
No primeiro disco, teve que enfrentar o grande problema de quem tem talento
mas ainda sem nome: um disco bastante comercial, mesmo sendo pela Eldorado,
mas contendo algumas pérolas escondidas dentro dele, como a gravação de Segredo
de Luiz Melodia com a participação dele e Astúcia, de Jussi Campelo.
Foi no segundo CD que mudou o nome para Zélia Duncan (sobrenome de sua avó) - seu
trabalho se consagrou e foi reconhecida como a grande revelação Pop/Rock nacional -
desde Marina Lima, no final dos anos 70, ninguém ainda aparecera,
individualmente, para mostrar a força da nova geração, como aconteceu com
Zélia e também Cássia Eller.
Com voz grave e suave,
Zélia se consagrou com o segundo CD, como cantora e compositora pop - mas marca
também sua presença na MPB
compondo pérolas com
Lucina,
como Miopia, A Fé, Coração na Boca e Inteira Pra Mim,
ou ainda em gravações para a Série SongBook, de Almir Chediak - a música Sábado em
Copacabana, de Dorival Caymmi, ganhou nova roupagem e interpretação deliciosa por
parte dela.
Em seu CD de
2004, Zélia presta um verdadeiro tributo à música - com
direção musical e produção de Bia Paes Leme, "Eu me transformo em outras"
traz deliciosas recriações do repertório de grandes cantoras brasileiras de todos os
tempos, uma belíssima homenagem de Zélia a suas referências musicais, com
arranjos cuidadosos e interpretação impecável.
Carô Murgel
Leia e ouça com exclusividade a
entrevista de Zélia para Ciça Carboni e Fernanda Dias, para o Trilhas da MPB, em
12/12/1999 |