(Vasco Debritto)
Queria brincar de ser feliz (ser feliz)
Inventei um grande amor, um avião (voei)
Voei de féria pra Paris
Vivia eu então, tal qual um aprendiz
Saí pro jardim das hortelãs (hortelãs)
Nem bati a porta, nem olhei pra trás (deixei)
Sentia muito mais o cheiro das manhãs
Na rua os guris
Jogavam jogos infantis
No caminho das pedras
Quase ninguém se perdia: luz néon
Nem tudo fantasia
A gente falava de amor
Futuro então
Não era nada assustado
Eu ia tão leve a flutuar (flutuar)
Descobri a dimensão, espaço, grau (o tempo)
Tempo parado no olhar
Num vôo colossal, seguia a imaginar
Até o meu país
Se engrandeceu qual eu quis
E pelas alamedas
Não se viam mais mendigos, coisas assim
Não tinha mais perigo
A noite já não era breu
Que bom, enfim
O medo a gente já esqueceu
Queria brincar de ser tão feliz (ser feliz)
Inventei um grande amor, um avião (voei)
Voei de férias pra Paris