Tarde em Itapoã

(Toquinho e Vinícius de Moraes)

Int.: 
Um velho calção de banho, um dia pra vadiar

Um mar que não tem tamanho e um arco-íris no ar

Depois na praça Caymmi sentir preguiça no corpo

E numa esteira de vime beber uma água de côco

É bom passar uma tarde em Itapoã

Ao sol que arde em Itapoã

Ouvindo o mar de Itapoã

Falar de amor em Itapoã

Enquanto o mar inaugura um verde novinho em folha

Argumentar com doçura com uma cachaça de rolha

E com olhar esquecido no encontro de céu e mar

Bem devagar ir sentindo a terra toda a rodar

...

Depois sentir o arrepio do vento que a noite traz

E o diz-que-diz-que macio que brota dos coqueirais

E nos espaços serenos, sem ontem nem amanhã

Dormir nos braços morenos da lua de Itapoã

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