É um dos grupos que há mais tempo estão juntos fazendo
música. Para ser mais exata desde 1965. Nesta época não tinham ainda nome e só eram
três: Aquiles, Ruy e Miltinho. Magro se juntou emseguida ao que viria a ser um dos
maiores grupos vocais do Brasil, o MPB 4.
Aquiles (Rique Reis) cantava no coro da igreja e fazia o antigo terceiro clássico. Largou
tudo para se dedicar profissionalmente à música e canta a terceira voz do conjunto.
Magro (Antônio José Wagabi Filho) largou os estudos de engenharia para cantar e acabou
assumindo os arranjos. Estudou piano, trabalhou em diversos conjuntos de dança, onde
tocava piano, vibrafone e sax. Miltinho (Lima dos Santos Filho) era colega de turma de
Magro. Largou a vida acadêmica para fazer a voz mais grave e tocar violão. É o compositor. Ruy
(Alexandre Faria), que foi a primeira voz do conjunto era um experimentado cantor de boleros
conhecido em Niterói. Formado em direito, abandonou a carreira e um cargo de funcionário
público para viver de música.
Em
2004, Ruy Faria deixou o grupo, e em seu lugar entrou Dalmo
Medeiros, vocalista que participou de um dos melhores grupos vocais
brasileiros, o Céu da Boca.
São 33 anos de música, muita música, de muita música boa. Essa combinação é
espetacular! Ficar tanto tempo junto trabalhando, viajando, compondo, ensaiando já é
difícil. Mas conseguir passar esses anos todos fazendo uma música de qualidade
é ainda
mais surpreendente é maravilhoso!!!! Dão voz às composições de Chico Buarque (velho
parceiro), Pixinguinha, Noel, Milton Nascimento, João Bosco, Gonzaguinha, Edu Lobo,
Vinícius...ou seja, a mais fina flor da música nacional!!
Fazem um trabalho vocal belíssimo. São enxutos, são precisos, são corretos...são
absolutamente brasileiros... são musicais, são nacionais... talvez o MPB 4 seja o maior
grupo vocal da nossa música, mas isso não tem importância agora. Deixemos o tempo
escrever a história. Com certeza este nome vai estar lá registrando com música a alma
de um país.
Tatiana Rocha
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