(Vital Farias)
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Cantiga de campo de concentração
A gente bem sente com precisão
Mas recordo a sua imagem
Naquela viagem que eu fiz pro sertão
Eu que nasci na floresta
Canto e faço festa no seu coração
Voa, voa, azulão...
Cantiga de roça de um cego apaixonado
Cantiga de moça lá do cercado
Que canta a fauna e a flora
E ninguém ignora se ela quer brotar
Bota uma flor no cabelo
Com alegria e zelo para não secar
Voa, voa, azulão...
Cantiga de ninar a criança na rede
Mentira de água é matar a sede
Diz pra mãe que eu fui pro açude
Fui pescar um peixe, isso eu não fui não
Tava era com umnamorado
Pra alegria e festa do meu coração
Voa, voa, azulão...
Cantiga de índio que perdeu sua taba
No peito esse incêndio, céu não se apaga
Deixe o índio no seu canto
Que eu canto um acalanto,
Faço outra canção
Deixe o peixe deixe o rio
Que o rio é um fio de inspiração
Voa, voa, azulão...