(Beto Pellegrino e Ariston)
Todos os momentos, todos, que a vida abrevie
E por que tentar lembrar, se jamais esqueci
Sonho de onde todo sonho, perene, sutil
Pois inútil é sonhar e querer junto a mim
Existisse ar entre nós dois
Houvesse corpos entre nós
Somente assim eu poderia ver-te
Mas, inevitável, sem sequer saber
Como desejar-te Lídia
Sob os olhos da ilusão
Inventemos o destino que havemos depois
Sem melancolia vã
De encontrar na nossa noite primitiva
Não separes da sorte a esperança
Não te importes voltar ou seguir
Antes de saber chorar
Foi demais ser feliz