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Nanuque, MG, em 09 de agosto de 1959
Jussara Silveira é uma cantora baiana. Há talvez quem insista em
frisar sua origem mineira. Jussara é natural de Minas, mas uma
cantora baiana.
Jussara Silveira estreou como cantora em 1989, no Teatro Castro
Alves, maior casa de espetáculos da Bahia. No ano seguinte, já
ganhava fôlego para mostrar seu trabalho no grande auditório do
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP). A partir daí, tem
cantado nas mais importantes casas de shows de São Paulo, do Rio
de Janeiro e muitas outras cidades do Brasil e do exterior.
Jussara não representa. É o que é: uma apaixonada por canções.
Sabe ser vigorosa ou cool. Ter leveza ou densidade. Brincar ou
ficar séria. Sua voz tem um timbre todo seu, que se molda
expressivamente às mais diversas circunstâncias de letra e
música.
Ela cresceu ouvindo o repertório erudito, na casa da família em
Salvador (Bahia). Depois cursou a prestigiada Academia Música
Atual. Estudou canto com Adriana Widmer, no Curso Preparatório
de Canto da Universidade Federal da Bahia, e canto coral com o
maestro Lindembergue Cardoso.
Mais adiante, viria a estudar técnica vocal com Maria Helena
Bezzi, no Rio.
Vencedora do Prêmio Copene de Cultura e Arte (hoje Prêmio
Braskem), na Bahia, Jussara lançou seu primeiro disco solo em
1997 (selo Dubas Música/Universal). Participou de várias
coletâneas, como o antológico CD Diplomacia - Tributo a
Batatinha (EMI) e Cole Porter e George Gershwin – Canções,
Versões, de Carlos Rennó (selo Geléia Geral/warner)
Em 1998, lança seu segundo disco, Canções de Caymmi (selo Dubas
Música/Universal), eleito um dos melhores do ano pelos críticos
do jornal carioca O Globo.
Em 2000, gravou duas faixas no álbum do guitarrista português
António Chainho, Lisboa – Rio; e foi convidada pelo mestre
lusitano e por Maria Bethânia para se apresentar com eles no Rio
e em São Paulo.
As participações especiais seguem com a gravação de sete faixas
do elogiado CD São Paulo Rio (selo Maianga Discos), do
compositor paulista Zé Miguel Wisnik, e, mais tarde, no disco
Pérolas aos Poucos (Maianga Discos). Com Zé Miguel, ela tem
feito shows regularmente, no Brasil e no exterior, na companhia
de artistas como a cantora Ná Ozzetti e do violonista e letrista
Arthur Nestrovski.
(Em 2006, estiveram juntos em Berlim, durante a “Copa da
Cultura”.) Jussara também dividiu a Concha Acústica do Teatro
Castro Alves em shows ao lado de Nana Caymmi, Maria Bethânia e
Alcione.
O terceiro CD da cantora, Jussara, foi lançado em 2002 (selo
Maianga Discos). Nesse disco, ela interpreta um repertório que
navega pelo Oceano Atlântico para estabelecer um elo entre
sonoridades do Brasil, de Portugal e de Angola – sempre
privilegiando a voz.
Em 2006, Jussara Silveira lança dois discos (pelo selo Maianga):
Nobreza, um duo de voz e violão, em parceria com o violonista
Luiz Brasil; e Entre o Amor e o Mar, projeto premiado no
programa Petrobras Cultural e que inclui canções de compositores
consagrados, lado a lado com novos nomes da música brasileira.
Produzido por Luiz Brasil, o CD tem a participação de nomes como
o violonista Arthur Nestrovski, o pianista Leandro Braga e o
contrabaixista Jorge Helder, entre outros artistas de ponta da
nossa música instrumental.
Também neste ano, teve participação no disco Ode Descontínua e
Remota Para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio, uma seleção
de poemas de Hilda Hilst, musicados por Zeca Baleiro.
Sem fazer concessões ao mainstream, Jussara Silveira segue
cantando o que acredita e gosta. Expondo sua verdade sem
disfarces, acabou transformando-se em uma artista cultuada, com
público garantido onde quer que se apresente. “Uma voz carregada
de sentidos, que vão se desnudando aos poucos”, escreveu Arnaldo
Antunes. O contrário também vale: são sentidos carregados de
voz, que ela traduz e transforma em mil e uma canções.
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