Menino da porteira

(Ted Vieira e Luizinho)

Tom: C
Int.: G7 C
C                                             G7
Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino
                                      C
De longe eu avistava a figura de um menino
                                                 G7
Que corria, abria a porteira, depois vinha me pedindo
                                                 C
Toque o berrante seu moço, que é pra eu ficar ouvindo
 F                                         G7
Quando a boiada passava, e a poeira ia baixando
                                  C
Eu jogava uma moeda e ele saia pulando
                                          G7
Obrigado boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando
                                          C  G7 C  G7 C
Praquele sertão afora meu berrante ia tocando
C                                             G7
Nos caminhos dessa vida muito espinho eu encontrei
                                                 C
Mas nenhum calor mais fundo do que esse que eu passei
                                            G7
Na minha viagem de vorta quarquer coisa eu cismei
                                          C
Vendo a porteira fechada, o menino não avistei
 F                                     G7
Apeei o meu cavalo num ranchinho beira-chão
                                           C
Vi uma mulher chorando, quis saber qual a razão
                                          G7
Boiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradão
                                             C  G7 C  G7 C
Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração
C                                             G7
Lá das bandas de Ouro Fino levando o gado selvagem
                                          C
Quando passo na porteira inda vejo sua imagem
                                            G7
O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem
                                        C
Daquele rosto trigueiro desejando boa viagem
 F                                       G7
A cruzinha do estradão do pensamento não sai
                                            C
Eu já fiz um juramento que não me esqueço jamais
                                               G7
Nem que o meu gado estoure, que eu precise ir atrás
                                            C  G7 C  G7 C
Nesse pedaço de chão, berrante eu não toco mais