(Geraldo Vandré)
A canção primeira
como a derradeira
não vá, te negar
A canção primeira
sem eira nem eira nem beira
é só te lembrar
Na viola amiga,
que é chegada antiga
pra te acompanhar
Da canção primeira
livre e livradeira
que eu quero te dar
Compreende amiga
que eu não marque ainda
quando te encontrar
Que eu faça cumprida,
tanto quanto a vida
que foi só cantar
Dessa história antiga,
às vezes cantiga
pra eu poder contar
De ti companheira,
tu de corpo inteira
como eu pude amar
E perdoa amiga,
que eu não vá correndo
hoje te abraçar
Nem cortar caminho,
nessa caminhada
que é pra te encontrar
Que eu guarde a esperança,
que vem vindo o dia
de poder voltar
Sem ter na chegada,
que morrer amada,
ou de amor matar.