(Élio Camalle e Daniel Gonzaga)
CD: Cria
Gravadora: Dabliú
Ano: 2001
Estou longe de tudo
Meu caminho é quase meu
Ninguém olha meu rosto
Ninguém sabe quem sou eu
Quando eu voltar pra casa
Já nem saberei que casa é
Nos meus braços levo sonhos
No meu peito resta fé
Estou perto de tudo
Que a distância percorreu
Ninguém olha pro meu gosto
De gostar do que é meu
Quando eu abrir as asas
O que me bole na garganta é
O voar de qualquer canto
Pra não ser canto qualquer
Tanta solidão na mala
Os meus sonhos de criança
Ao sair não bata a porta
Tenho o céu como abrigo
Os pés descalços nessa dança
Olha o atirador de facas
O meu rosto tão mudado
Já não reconheço mais
Os meus olhos mais brilhantes
Meu relógio já não marca mais
As horas, os dias
Meus atrasos infantis, meu Deus
Ninguém olha no meu rosto
Ninguém sabe que esse rosto é meu