1982- Camalle se inscreve em festivais de música promovidos pelas delegacias de ensino das escolas estaduais, ainda com o nome de Hélio da Costa, que é também o seu nome de registro (o nome Camalle viria anos depois).
Com a canção "Não Há Hora Para Esperar", vence seu primeiro festival de música estudantil. Seguiram-se após esse evento muitos outros, em que, se o compositor não era vencedor, não deixavam de levar premiações as suas melhores canções ou letras.
Vale a pena citar aqui uma canção que nesta época fez muito alarde junto aos alunos da 6ª Delegacia de Ensino e rendeu elogios dos jornais locais à sua poesia: “Brasil".
1983- No programa na Rede Cultura de Televisão "É Proibido Colar", Camalle se inscreve em um quadro em que concorre com sua música “O Homem", muito elogiada pelos jurados e pelo apresentador do programa, Antônio Fagundes e, finalmente, vencedora. A premiação não foi nada menos que um micro computador para sua escola. Contribuiu assim para informatizar a primeira escola de seu bairro.
1987- Shows em teatros da cidade de São Paulo.
Teatro Cacilda Becker: "De Tijolo em Tijolo", mostra de canções que versavam sobre o músico na noite e, em geral, o músico, o compositor popular. Teatro Arthur Azevedo: Mostra de canções com a banda Salada Mixta (uma das primeiras bandas com a qual o artista se apresentou, formada por amigos que também naquela época ingressavam no universo musical). Ainda nesse mesmo momento, Camalle ministra aulas de violão popular na rede de escolas de música CURSON, do professor e maestro Robson Miguel, com quem trabalhou alguns anos. Foi também funcionário público durante quatro anos nas escolas municipais de ensino, onde respondia pelo ofício de inspetor de alunos na mesma escola, onde terminou seus estudos secundários, à EEPSG Haroldo de Azevedo, trabalhou como escriturário e depois bibliotecário.
1988- Camalle passa a se dedicar unicamente a vida musical, abandonando o trabalho nas escolas e desenvolvendo seu canto e sua
performance pelos palcos das casas noturnas, onde enriqueceu sua interpretação com músicas do repertório brasileiro junto a músicos como Renato Braz, Filó Machado, Maria Martha, entre outros. Apresentou-se em grandes temporadas nas casas noturnas Boca da Noite, Café Paris e Dorment’s Bar.
1992- Camalle se integra à companhia de teatro de Oswaldo Montenegro por dois anos. Estréia a primeira montagem de "Noturno" no teatro Auditório Augusta onde canta, dança e atua. É também ali que começa a adquirir contato com os musicais.
1994- Participou do grupo de músicas folclóricas do Brasil "Abaçai".
1998- Agora é a vez de registrar em um CD um pouco daquilo que era o compositor de tantos trabalhos até aqui. A elaboração deste CD, que viria a se chamar Mágicas, foi feita junto ao músico e arranjador Dino Barioni e gravada no Studio Fruto da Terra. O trabalho conta com a participação de importantes músicos do cenário da música brasileira em São Paulo: João Cristal e François Lima. O CD Mágicas foi lançado pelo selo Dabliú Discos (do compositor e advogado Costa Neto) e foi distribuído pela Eldorado Discos e, a partir daí, começa uma nova etapa em sua carreira. O CD Mágicas é constituído inteiramente de canções próprias. São elas: Gabriela, Pra Cá de Bagdá, Nossa Amor, Canções, Rei Alucinado, Selvagem, Anjo Feliz, Palavrão, Bonita, Saudade, Velho Coração, Dentro de Mim, Mágicas, músicas que levaram o show do cd às casas de show Supremo Musical, Café Piu Piu, Villaggio Café, Espaço Cultural do SESI, Sala Vinícius de Moraes (no Tom Brasil), teatro Crowne Plaza, SESC Vila Mariana, SESC Pompéia, SESC São Caetano, além de apresentações em Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.
1999- Dedica esse momento de sua carreira para participar de vários festivais pelo Brasil, destacando-se o primeiro lugar no FEST Mauá e o segundo lugar em Ilha Solteira-SP com a canção Isopor, além do Primeiro Ribeirão Criança, festival infantil de Ribeirão Preto, com a canção "Balão (Doki Doki), em parceria com a cantora e compositora japonesa Kana. Participou também, como intérprete, do Festival da Música Brasileira, realizado pela Rede Globo, com a canção "Xi-De Pirituba a Santo André (Kleber Albuquerque/Rafael Alterio).
2000- suas experiências em musicais resultaram, no ano de 2000, em um trabalho que muito acrescentou em sua trajetória profissional: "Brasil Outros Quinhentos", de Millôr Fernandes, no teatro Municipal de São Paulo, em comemoração aos 500 anos do Brasil.
Já o trabalho de Mágicas rendeu ao compositor muitas parcerias, amigos que viriam a fazer parte deste universo, o mundo fonográfico. A partir de projetos musicais realizados pela Dabliú discos, conheceu (e trabalhou com) Toquinho e Daniel Gonzaga; com este último, fez a canção intitulada Mambembe, cantando, compondo, aqui e acolá, conheceu o compositor Kleber Albuquerque, com o qual projetou e gravou o álbum Cria, também pela Dabliú discos. Este trabalho mostra canções do compositor em uma versão mais crua e mais pop, tentando fugir de alguns vícios e fortalecendo a arte de fazer canções populares. As canções deste CD são: Isopor (gravada posteriormente por Kleber Albuquerque e Fábio Jr.), Melhor, Cria, Tempo, Insone, Eco, Olho da Lua, Waldirene, Conto, Cabeça e Guetos.
2001- A partir daí nasce a idéia de fazer um show, juntando nomes e unindo talentos da jovem música paulista. Nasce o projeto UMDOUMDOUM, realizado por Camalle, Luiz Gayotto, Madan e Kleber Albuquerque. O show, que era um apresentação de todos os artistas envolvidos que interpretavam junto as músicas de sues CDs, transformou-se em um único CD, registrado no dia 01 do mês 01 do ano 2001 e depois lançado no dia 02 do mês 02 do ano 2002, na choperia do SESC Pompéia. O CD foi muito elogiado pela crítica, chegando a ser capa dos cadernos culturais de O Estado de São Paulo e da Folha de São Paulo, entre outros. Neste CD, Camalle gravou Isopor, Cabeça, Waldirene e a inédita A Dança.
2002- Após várias apresentações do projeto UMDOUMDOUM, além de outras apresentações solo do CD Cria, Camalle produz seu primeiro CD independente, tanto no que diz respeito a não estar vinculado a uma gravadora quanto a dirigir um trabalho sem intervenção de medidas mercadológicas. Intitula-o "Antes e Depois do Fim do Mundo" e conta com canções suas e parcerias com o amigo, o compositor Léo Nogueira. A formação é de violões de aço e nylon, baixo e percurssão. Os músicos foram Sérgio Bello, Douglas Alonso, Dino Barioni e Cássia Maria. Com este novo trabalho, logo ganhou um convite para se apresentar no "Bentivoglio Jazz", na Itália, que lhe possibilitou viajar por quatro meses e apresentar-se também em Lisboa, Madri e Paris. Em Paris, participa de uma gravação para o Programa do Jô, da Rede Globo. De volta ao Brasil, apresenta-se em Paraty-RJ e prepara-se repertório para espetáculo que fará com o baterista italiano Marco Zanotti. |