(Edu Lobo e Chico Buarque)
É bom, é brabo, é o frevo
Diabo no corpo, torto, corpo
Pára mais não
Fogo no rabo de qualquer cristão
Solta o frevo diabo e adeus procissão
Pelo sinal da santa cruz pandemônio
No dia da padroeira
Não tem romeira? Tem, são morenas
Não tem novenas, diabo, a gente é feliz
Não tem sermão? Tem não, tem orquestra
E cana, e briga, e fogo, e festa Na matriz
É o barro, é o berro na garganta
Olha a ginga da santa
Devagar com o andor
Meu corpo já não sabe o que faz, Satanás
Diz para parar, que eu já não posso mais
Diz para parar, faz um pouco mais
Faz o Diabo
Hoje é que eu me acabo, meu irmão
É para pular? Não, para parar, para bolinar?
Não, para parar, para arrebentar
Frevo diabo
Hoje é que eu me acabo, meu irmão