(Gilberto Gil e Chico Buarque)
Int.: G C G D C B Am7 Em7 A7 D7 G C G D7 G
B Pai, afasta de mim esse cálice C Pai, afasta de mim esse cálice A/C G/D Pai, afasta de mim esse cálice D7 G De vinho tinto de sangue Em Em7+ Em7 A7/9/E Como beber dessa bebida amarga, tragar a dor, engolir a labuta C7+/E A7/9/E D7/13 G9 Mesmo calada a boca, resta o peito, silêncio na cidade não se escuta Em Em7+ Em7 A7/9/E De que me vale ser filho da santa, melhor seria ser filho da outra C7+/E A7/9/E D7/13 G Outra realidade menos morta, tanta mentira, tanta força bruta ... Em Em7+ Em7 A7/9/E Como é difícil acordar calado, se na calada da noite eu me dano C7+/E A7/9/E D7/13 G9 Quero lançar um grito desumano que é uma maneira de ser escutado Em Em7+ Em7 A7/9/E Esse silêncio todo me atordoa, atordoado eu permaneço atento C7+/E A7/9/E D7/13 G Na arquibancada pra a qualquer momento ver emergir o monstro da lagoa ... Em Em7+ Em7 A7/9/E De muito gorda a porca já não anda, de muito usada a faca já não corta C7+/E A7/9/E D7/13 G9 Como é difícil pai, abrir a porta, essa palavra presa na garganta Em Em7+ Em7 A7/9/E Esse pileque homérico no mundo, de que adianta ter boa vontade C7+/E A7/9/E D7/13 G Mesmo calado o peito, resta a cuca dos bêbados do centro da cidade ... Em Em7+ Em7 A7/9/E Talvez o mundo não seja pequeno, nem seja a vida um fato consumado C7+/E A7/9/E D7/13 G9 Quero inventar o meu próprio pecado, quero morrer do meu próprio veneno Em Em7+ Em7 A7/9/E Quero perder de vez tua cabeça, minha cabeça perder teu juízo C7+/E A7/9/E D7/13 G Quero cheirar fumaça de óleo diesel, me embriagar até que alguém me esqueça