(Badi Assad)
Você não entendeu nada
Minha língua não liquidifica
Minhas mãos não centrifugam
Minhas águas não inundam
Você não entendeu nada
Minha fome é muito mais que carne
É algo alem no dentro que se abre
E me invade de infinito
Você cala e eu grito
Você deita e eu levito
Você nega e eu acredito
Nós, os laços e os nós
Eu a vida e o vinho, a sós
Você não entendeu nada
No retrovisor das palavras
Na direção dos meus navios
Na intenção dos meus sorrisos
Pois eu não lhe pedi nada
Que não pudesses me dar
Vou te contar beijos se podem dividir
Neste mundo de linguagens
Você côncavo e eu convexo
Você rima e eu verso
Você fica e eu atravesso
Nós, os laços e os nós
Eu a vida e o vinho, a sós