(Guinga e Aldir Blanc)
Minha viola hoje variou
E ateou fogo num igarapé
Feito a esfinge que também é
Garra de bicho com voz de muié
Minha viola hoje lucinou:
Viu esmeralda no verdor do escarro
Pra se apurar remisturou
Nelso Rodrigue com Manel de Barro
Ô, ô,dito assim
Te parece que mangou de mim
Mas fui que pedi:
Quem ama tem que afligir
E ela já convidou
Pra interpretar o Canto do Pagé
Um curió com a faca no gogó
Minha viola hoje variou:
Em vez de corda tange um buscapé
Tá me pedindo
Que é pra tocar
Com mãos e dúvida de São Tomé
Minha viola hoje lucinou
Quer melhorar a sua antiga imagem
E convidou o Turíbio Santo
Pra embelezar o andar da carruagem
Ô, ô, dá pra ver
Que a viola quer se promever
E ela diz, sem corar:
Quem me ama tem que me afagar
Mas agora inventou
Que é um pouco para fazer bobage
Com dois é bom
Com três é sacanage