(Zeh Rocha e Jessier Quirino)
As malhas das procissões
se misturam com o pecado
contrito de reverência
desengonço do frevado
de Zé Calixto a Bethoven
o pouco espaço que há
são fibras de Pixinguinha
mimoseando o tear
sou ofício de aranha
cerzindo o teu coração
sou palha, pavio, galão, sianinha
cruzados com prima e bordão
menino do zói sapecado, danado
culpados do meu vexame
dou-te um gute engasgado, calado
resposta dos meus encantos
sou a valsa dos segredos
balburdia de quem fuxicar
sou colcha grossa de nata
que faz o teu leite coalhar