(Vital Lima)
O sol é um muruci, menino,
Na asa do avião
Brilha na escuridão do meu destino
E cabe nesses teus olhinhos de mágoa
E aí faísca de luz, menino,
Nos oceanos onde o meu amor deságua
Tingindo e enchendo a minha boca de água.
Parecendo um farol alumiando o mar
Um candeeiro lá do interior
Que arde que nem o amor, menino,
- pimenta-de-cheiro.
E eu que te amei assim
De ver o sol brilhar igual ao muruci
(que eu gosto tanto!)
Senti travasse assim na minha boca
O beijo que eu guardei pra ti.
Teclados: Antonio Adolfo
Violão: Vital Lima
Baixo: Ivan Machado
Programação de bateria: Antonio Adolfo
Percussão: Marcos Amma
Voz: Vital Lima
Participação especial: Nilson Chaves
Arranjo: Antonio Adolfo
Gravado no Master Estúdio /RJ em 1984
Do LP “Interior” de 1984: Canção feita originalmente para Fafá de Belém,
ainda nos anos 70, Heráclito , o filósofo pré-socrático, se referindo à grandeza
do sol, dizia que sua largura é a de um pé humano, Também é possível escondê-lo
atrás de um muruci, essa fruta da Amazônia pouco menor que uma bola de gude.
Pode ser tanto e muito pouco, como a vida de qualquer um.