(Angelino de Oliveira e C. de Paula)
De todos divertimento
conheço também o baralho
conheço a viola e a pinga
prá cantá não faço ensaio
uns dizem que a pinga é da cana
outros "diz" que é do pau d'alho
dizem que a pinga derruba
como é que eu bebo e não caio.
Arrecebi um convite
pras festa do mês de maio
o meu pobre coração
garrou dá gorpe de táiio
abri o portão da mangueira
mandei dá milho prô baio
esperando meus colegas
sem eles chegá eu não saio.
Na de Santa Cruz eu fui
na de São João eu não fáio
eu levo meus companhêro
com eles não me atrapaio
eu não canto moda véia
eu não canto rebotáio
choro no braço da viola
que nem tangará no gáio.
Garrêmo pra noite escura
errando pelos atáio
coruja cantava triste
na grama já havia orváio
rojão explodiu pros ares
feito faísca de raio
lá no terrêro da festa
do seu Francisco Sampaio
Veio chá no caldeirão
e biscoito no balaio
serviu de fortificante
pros peito véio e fraio
dei um sinal pros colega
deram um balanço no assoáio.
Têia da casa caiu
não resistiu o chaquáio
Quando foi de madrigada Ai! Ai!
cantava dois papagaio
vi um gato de 3 côres
que não dormiu no borralho
Campeão cantou quatro moda
que aprendeu com nhô Mario
moda de enfrentar violeiro
mas prá nois não deu trabalho.