(Toninho Galante e Marceu Vieira)
É sacolejo de mulata, é vento no pé
É batuque, prato e faca, é negro balé
É um grande sururu na roda, é banzé
É cadência que desata a cintura da mulher
O samba é mistura de Mané Garrincha com Pelé
O samba é curtido no talo da cana e no café
É filho de santo de olho na cambona
Torresmo, rabada e azeitona
É pau da braúna, é minha fé
O samba é a minha fé
O samba é a minha fé
É água limpa de cascata caindo num véu
É nego batendo lata, fazendo escarcéu
Diz a lenda que Xangô deitou com Oxumaré
Quis pegar Ogum no tapa, mas Ogum disse no pé
O samba é caiana, tundá de baiana, candomblé
O samba é malandro que bebe cachaça em cuieté
É preto banguela correndo da polícia
Criança brincando de carniça
É rabo de galo, é minha fé
O samba é a minha fé
O samba é a minha fé