(Nivaldo Duarte e Marcio Lima)
Ele pensa que a saudade
Um dia vai me matar
Ele pensa que sofro por ele
E que a saudade dele é que faz eu chorar
Ele pensa que a saudade
Faz o meu peito doer
Morro até de feitiço
Mas não é com isso que eu vou morrer
Morro de coice de ovelha, picada de abelha
Ou de um bicho qualquer
Posso morrer de topada, pernada
Palmada ou de um pontapé
Posso morrer na guerrilha, de choque de pilha
Ou no peso da idade
Morro de fome ou de sede
De tombo de rede mas não de saudade
Posso morrer de coceira, canseira, frieira
Ou até calafrio
Morro de tapa de luva, de pingo de chuva
Ou até de arrepio
Morro de ataque de riso, dor no dente siso
Ou de chateação
Morro até de vaidade
Mas dessa saudade eu não vou morrer não