Maria José Motta nasceu em Campos, RJ, em 27 de junho de 1944. Transferiu-se
com a família para o Rio de Janeiro aos dois anos de idade. Estudou no
Tablado, curso de teatro de Maria Clara Machado.
Começou sua carreira como atriz em 1967, estrelando a peça "Roda-viva", de
Chico Buarque, sob a direção de José Celso Martinez Corrêa. Atuou, a seguir,
em "Fígaro, Fígaro", "Arena conta Zumbi", "A vida escrachada de Joana
Martine e Baby Stompanato", em 1969, "Orfeu negro", em 1972, e "Godspell",
em 1974, entre outras.
Iniciou sua carreira de cantora em 1971, apresentando-se como crooner das
casas noturnas Balacobaco e Telecoteco (SP). Produzida por Guilherme Araújo,
apresentou-se em show realizado no Museu de Arte Moderna (RJ).
Em 1975, gravou, com Gerson Conrad, o LP "Gerson Conrad e Zezé Motta".
Ainda na década de 1970, lançou os LPs "Zezé Motta" (1978) e "Negritude"
(1979).
Na década de 1980, lançou os LPs "Dengo" (1980), "Frágil força" (1985), e,
com Paulo Moura, Djalma Correia e Jorge Degas, "Quarteto negro" (1987).
Em 1995, gravou o CD "Chave dos segredos".
Apresentou-se, representando o Brasil, a convite do Itamaraty, em Hannover
(Alemanha), Carnegie Hall de Nova York (EUA), França, Venezuela, México,
Chile, Argentina, Angola e Portugal.
Como atriz, participou dos filmes "A rainha diaba", "Vai trabalhar
vagabundo", "A força de Xangô", "Xica da Silva", filme que a consagrou
internacionalmente e pelo qual recebeu vários prêmios, "Tudo bem", "Águia na
cabeça", "Quilombo", "Jubiabá", "Anjos da noite", "Sonhos de menina-moça",
"Natal da Portela", "Prisioneiro do Rio", "El mestiço", "Dias melhores
virão", "Tieta", "O testamento do sr. Napumoceno" e "Orfeu".
Em televisão, atuou nas novelas "Corpo a corpo", "Pacto de sangue", "A
próxima vítima" e "Corpo dourado" e nas minisséries "Memorial de Maria
Moura" e "Chiquinha Gonzaga", da Rede Globo, nas novelas "Kananga do Japão"
e "Xica da Silva", e na minissérie "Mãe-de-santo", da Rede Manchete.
Em 2000, lançou o CD "Divina saudade", interpretando o repertório de Elizeth
Cardoso, com arranjos e produção musical de Roberto Menescal e Flávio
Mendes. Realizou show homônimo pelo Brasil, entre 2000 e 2002.
Em julho de 2002, apresentou o espetáculo no Canecão, no Rio de Janeiro.
Destacam-se, entre seus maiores sucessos como cantora, suas gravações de
"Dores de amores" e "Magrelinha", canções de Luiz Melodia, "Trocando em
miúdos" (Chico Buarque e Francis Hime), "Prazer Zezé" (Rita Lee e Roberto de
Carvalho), "Crioula" (Moraes Moreira) e "Senhora Liberdade" (Wilson Moreira
e Nei Lopes).
Biografia:
Dicionário Cravo
Albim da Música Popular Brasileira |