(Zé Modesto)
o coração é um pavilhão de exposições
e em seus salões há obras raras
que acolhemos e criamos
quando nessa vida ousamos praticar
a grande arte que é amar
e sempre amar ...
e cada um, na arte do amor é curador
e a todos nós cabe a questão:
colecionar no coração
mágoas, rancores, ilusões
ou então guardar
beijos, suores na memória pra ficar ...
guarde-me, guarde-me
no salão dos teus grandes amores
amores vêm e com a vida eles se vão
e quando vão,
onde estarão no coração?
por isso guarde-me, guarde-me
na memória retinta das cores
que comporão belos de porvir
sempre o amor,
em novas telas a imprimir
no mesmo pulso imponderável,
o dom da arte
que ordena o caos profundo
da nossa existência
e faz de nós
exatamente o que nós somos
e, porque não,
o tom de telas recriadas
que tragam luz
pra iluminar as nossas almas
e as emoções
no arrepio das nossas peles
desbrutalize o coração do ser humano
pra gente amar, viver gozar e ser feliz.