(Vital Lima)
Quando o coração fica apertado
Um braço de rio meio azulado
Transborda em sua nascente
E desce assim desgovernado
Desse olho nacarado
Feito estrela cadente
Meteoro inesperado
Solitário incandescente
Língua de fogo brilhando na escuridão
Que pôs todos os arcanos
Escondidos pelos panos
Soltos nas águas barrentas
Do meu coração
Que vão inundando as lonjuras
Falseando e como as minhas juras
De não me render à dor
E as águas vão correndo à minha frente
Na secura das vertentes
Que procuram meu amor...
Meteoro inesperado...