(Toninho Horta e Manuel Bandeira)
Na velha torre quadrangular
Vivia a Virgem dos Devaneios...
Tão alvos braços...Tão lindos seios...
Tão alvos seios por afagar...
A sua vista não ia além
Dos quatro muros que a enclausuravam,
E ninguém via – ninguém, ninguém –
Os meigos olhos que suspiravam.
Entanto fora, se algum zagal,
Por notes brancas de lua cheia,
Ali passava, vindo do val,
Em si dizia – Que torre feia!
Um dia a Virgem desconhecida
Da velha torre quadrangular
Morreu inane, desfalecida,
Desfalecida de suspirar