(Pedro Sá Pereira e Ary Pavão)
Deixa a cidade formosa morena
Volta pra mim no doce sertão
Beber da água da fonte que canta
Que se levanta do meio do chão
Se tu nasceste cabocla cheirosa
Buscando o gozo do seio da terra
Volta pra vida serena da roça
Daquela palhoça do velho sertão
A lua branca de luz prateada
Faz a jornada no alto do céu
Como se fosse uma sombra altaneira
Da cachoeira fazendo escarcéu
Quando essa luz na altura distante
Loira ofegante no poente cair
Dai-me essa trova que o pinho descerra
Que eu volto pra serra que eu quero partir
E a fonte a cantar, chuá, chuá
E as água a correr, chuê, chuê
Parece que alguém que cheio de mágoa
Deixaste quem há de dizer a saudade
No meio das águas rolando também