(Sérgio Sampaio)
Viver das glorias das nossas feridas não é a saída, não é a solução
Um dia vem a navalha escondida e faz nossa vida em pedaços no chão
A nossa história não tem mais segredo
Não é destino em vão
É como estar num avião: não há mais nada a fazer, meu amor
E agora é tarde para...
Para desculpas que não tem mais jeito
O destino é trabalhador
Saí de casa e nem fui pro trabalho
E sei que vou chorar
Vou chorar de dor...
E sem contar que encalhamos no muro
E assim, nosso escuro não se acabará
É o mistério de um quarto vazio onde a mão pede o frio que agarra nela
A nossa história não tem sobrenome
nem tem registro geral
Tudo isto aconteceu.
Não há ninguém como nós, meu amor
E agora é tarde para...
para ficar num silêncio absurdo
O destino é trabalhador
Tem umas coisas que não tem remédio: sei que vou te amar
Te amar, amor
Vou chorar, chorar de dor