(Alvarenga, Ranchinho e Chiquinho Sales)
Eram duas caveiras
que se amava
e à meia-noite
se encontrava
pelo cemitério
os dois passeava
e juras de amor
então trocava.
Sentado os dois
em riba da lousa fria
a caveira apaixonada
assim dizia
que pelo caveiro
de amor morria
e ele de amores por ela vivia.
Ao longe uma coruja
cantava alegre
de ver os dois caveiro
assim feliz
e quando se beijavam
em tom funebre
a coruja batendo as asa
pedia bis.
Mas um dia chegou de pé
junto
um cadaver, um defunto
E a caveira
pr' ele se apaixonou
e o caveiro antigo
abandonou.
O caveiro tomou uma bebedeira
e matou-se de modo romanesco
por causa dessa ingrata caveira
que trocou ele
por um defunto fresco