Mambo da dor

(Zeca Baleiro)

ai
como dizia meu pai
a dor é mãe
e como dói
alma ensangüentada em Hanói
farinha que a amargura mói
pena que envenena e destrói
ai
como dizia meu pai
a dor é mãe
e como dói
choro que o coração remói
bala no coração do caubói
traça que tudo ameaça e rói
tremor febre frio
suor arrepio
corte tapa tiro
só dói se respiro
o mal que magoa
o fel que amarga
ai dor não me doa
vê se me larga