(Jean Garfunkel e Pratinha)
Arranquei essa tirana
Do bojo do violão
A sorte é uma cigana
Que escreveu na minha mão
No meio dos seus rabiscos
Só duas coisas eu entendo
Correr mundo, correr risco
E o resto é seguir vivendo
Meu coração é um alazão passarinheiro
Sem freio, nem ferradura
Riscando o casco no vento
Só por paixão ele galopa assim ligeiro
Pois empaca que nem mula
Diante do sofrimento
Risquei fogo e fiz fandango
Bem no meio do terreiro
Meu senhor dono da casa
Não me vendo por dinheiro
Mas barganho pelo encanto
Do calor e da amizade
Em troca lhe dou meu canto
Pra alegrar sua saudade