(Reginaldo Bessa e Nei Lopes)
Quando a solidão me bate à porta
Nessas horas mortas
Nessas noites de verão
Nos ruídos surdos da cidade
Sinto som de flauta, cavaquinho e violão
É então que chega uma saudade
De um tempo que em verdade eu nem conheci
Tempo de antenores de voz rouca
Pondo a alma pela boca
Dando couro por um tamborim
Põe fogo no couro deste samba
Que a lua já descamba
Pra dar passagem ao metrô
Toca o bonde, somos condutores
De pastoras e pastores
Eu, você e o Claudionor
Samba choro samba pau e corda
Dos bordões da velha guarda
Rolam rosas, rolam rimas pelo chão
E eu me vou nas brumas da saudade
Encontrar minha verdade
Pelo braço de uma amigo violão