Alfredo da Rocha Vianna Filho, nasceu no Rio de Janeiro,
em 23 de abril de 1897. O apelido de Pixinguinha veio da junção de dois outros apelidos:
Pizindim (pequeno bom) e bixiguinha (por ter tido a doença) .
Era o décimo-quarto filho de uma família musical. Seu pai era músico e vários de seus
irmãos também. Ainda novo começou a acompanhar seu pai, flautista, em bailes e festas,
tocando cavaquinho. Aos 12 anos fez a sua primeira obra, o choro Lata de
Leite que foi inspirado nos chorões, músicos boêmios que depois de noitadas
regadas a bebidas e música, tinham o hábito de tomar o leite alheio que ficava nas
portas das casas... Aos treze, passou a estudar o bombadino e a flauta. Aos 17 grava as
suas primeiras composições: Rosa e Sofre Porque Quer. Em 1922,
vai para o exterior com o grupo Os Oito Batutas e estende para seis mesues
sua turnê, marcada para durar somente um mês. Conhece a fama internacional.
Até este ponto, pode-se pensar que é um caminho natural de um músico aplicado. Mas
Pinxinguinha não foi somente um músico capaz. É reconhecido até hoje como um exímio
flautista, talvez o maior que o país já teve, foi maestro, arranjador e intérprete. O
primeiro maestro-arranjador a ser contratado em uma época que a maioria dos músicos era
amadora. Misturou a sua formação erudita basicamente européia com os ritmos negros
brasileiros e a música negra norte-americana. Deu uma guinada no som do Brasil!! Trouxe
um tempero, um sotaque nacional, marcou com classe e com estilo a nossa música.
Sua história se mistura com a própria história do rádio e da música nacional. É o
grande mestre entre todos os outros grandes mestres que o Brasil já teve. Não é
possível pensar em música nacional sem se curvar diante deste músico maravilhoso que
morreu em 1973. O consolo que resta é saber que existem várias composições ainda
inéditas, ainda pedindo para serem mostradas. Que seja feita esta vontade...que se mostre
Pixinguinha...porque Pixinguinha é atemporal.....
Tatiana
Rocha
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