(Sérgio Santos e Paulo César Pinheiro)
Por que padece tanto
O povo de Olorum?
Quando eu pergunto a Zâmbi
Não tem eco algum.
Por que tanto amargor?
Por que, me diz, Xangô?
Ô justiceiro,
Por que ele é sofredor?
Por que a paz não chega
Ao coração Nagô?
Quando eu pergunto,
Escuto o seu bata-cotô.
Por que que o baticum,
Me diga agora, Ogum,
Santo guerreiro,
Tem que ser de lutador?
Por que se diz que o preto
Que é de cor?
Por que que o Kêtu
Tem que ter sinhô?
Olorum, Oxalá, Zâmbi, ô!
Por que que o Bantu
Quer cantar o amor
E o canto é de dor?