(Sivuca e Paulinho Tapajós)
Tanta água no coco e o riacho tão seco e só
O cercado é de toco, o arado é de pedra e pó
O cansaço na rede e uma sede de se estranhar
Sei lá
Um olhar pra parede, uma prece pro céu chorar
Sei lá
Se pudesse o céu chover
Só a metade do que chove no meu coração
Dava um lago pra beber
E o chão virava neve de tanto algodão
Via o trapiá crescer
E o gosto de rever moringa na janela
Tanto milho pra colher
De nunca mais se ver o fundo da panela
Tanta água no coco e o riacho tão seco e só
O cercado é de toco, o arado é de pedra e pó
O cavalo o novilho e o filho que vai chegar
Sei lá
Tem cabelo de milho e o brilho do sol no olhar
Sei lá
Se pudesse o céu chover
Só a metade do que chove no meu coração
Dava um lago pra beber
E o chão virava neve de tanto algodão
Via o trapiá crescer
E o gosto de rever moringa na janela
Tanto milho pra colher
De nunca mais se ver o fundo da panela