Grupo formado em Brasília DF, um dos mais importantes do
rock brasileiro da década de 1980, funde o rock com o ska e o reggae
jamaicanos, músicas latino-americanas e carimbo, alem de outros ritmos brasileiros.
Iniciado em 1982 por Bi Ribeiro (Felipe Ribeiro, Rio de Janeiro RJ 1961) no contrabaixo,
Herbert Viana (João Pessoa PB 1961) na guitarra e Vital Dias na bateria, substituído por
João Barone (Rio de Janeiro 1962) em 1983. Foi inspirado em Vital que Herbert Viana
compôs Vital e sua moto, primeiro êxito do grupo e um dos pontos altos do
primeiro LP, Cinema mudo, de 1983, pela EMI.
O segundo LP, O passo do Lui
(1984), consolidou a posição do grupo como dos mais criativos do pop-rock
brasileiro, incluindo sucessos como Óculos, Meu erro (regravada por Zizi Possi e
Nelson Gonçalves), Ska, Romance ideal e Me liga (todas de Herbert Viana). O
terceiro LP, Selvagem? (1986), trouxe dois dos maiores sucessos do ano, Alagados
(composição do trio) e Melô do marinheiro, adaptação brasileira do dub,
estilo de reggae que consiste numa melodia monocórdica sobre uma linha de baixo
repetitiva.
Em 1986-1987 apresentaram-se com êxito em Buenos Aires (Argentina), Paris
(França) e no Festival de Jazz de Montreux (Suíça). Outros discos do trio são D
(ao vivo em Montreux, 1987), Bora-Bora (1988), Big-bang (1989), Os grãos
(1991), Severino (1994), Vamo bate lata (1995) e Nove luas (1996).
Outros sucessos do grupo incluem Patrulha noturna (1983), Quase um segundo
(1988), Lanterna dos afogados (1989), Luís Inácio (300 picaretas) (1995),
Uma brasileira (1996, parceria de Herbert Viana com Carlinhos Brown e participação
de Djavan) e La bella Iuna (1996). Herbert Viana lançou dois discos solo: É
Batumare (1993) e Santorini Blues (1997).
Biografia:
Enciclopédia
da Música Brasileira
Art Editora e PubliFolha
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