(Noel Rosa - 1936)
Maria Fumaça
Fumava cachimbo, bebia cachaça...
Maria Fumaça
Fazia arruaça, quebrava vidraça
E só de pirraça
Mata as galinhas de suas vizinhas
Maria Fumaça
Só achava graça na própria desgraça
Dez vezes por dia a delegacia
Mandava um soldado prender a Maria
Mas quando se via na frente do praça
Maria sumia tal qual a fumaça
Maria Fumaça
Não diz mais chalaça, não faz mais trapaça...
Somente ameaça que acaba com a raça
Bebendo potassa
Perdeu o rompante
Foi presa em flagrante roubando um baralho
Não faz mais conflito
Está no distrito lavando o assoalho