(Sérgio Ricardo)
Casou Maria, com o Zé casou
Jogou bouquet
Solteirona Izabel pegou
Izabel, no seu quarto sozinha
Distante da gente, chorando
Desfolha o bouquet, Izabel
Toda vez que uma amiga casava
Comprava um vestido, se empoava para ver
Se arranjava também casamento
Pos que era um tormento viver sem ninguém
Mas o tempo passando, esquecia
De dar-lhe algum dia um noivo também
E ela agora já sabe que a vida
Tornou-a esquecida, por tudo e por quem
Izabel diz num olhar esquisito
Num sorriso aflito
Para que o bouquet, para quê?
E nervosa ela desce o decote
Ajusta o saiote para forma se ver
E ajeita o cabelo para frente
Que a faz, de repente, rejuvenescer
E ao sair olha o quarto calado
Onde fica um passado
E pelo chão um bouquet
Acabou solidão de Izabel