(Mario Gil e Paulo César Pinheiro)

Lá onde eu nasci
Beira-de-mar
Brejal de flor
Cheiro de sal
Colônia de pescador

Lá passava um trem
Cortando o chão
Dos capinzais
pros Armazéns
Da Estação
Do Velho Cais
Onde eu cresci
Vendo as marés
Marujos mil
Com seus bonés
E um dia eu fui
Com roupa azul
Pra um convés

Fui nesse mundão
Vi tanto mar
De toda cor
Ouvi demais
Cantigas de pescador
Vi vagões de trem
Noutros sertões
Vidas iguais
E comecei a recordar
Meu velho cais
Onde eu cresci
Rei das marés
Quero largar
Chão do convés
Voltar e não tirar jamais
De lá meus pés