(Marina Lima e Antonio Cícero - Texto incidental: Jorge Salomão)
Eu sei onde é que estão
As coisas doces da estrada
Você também
E se a gente se encontrar
Na próxima parada
Aí meu bem
Vamos provar
Que a única morada de um homem
Está no extraordinário
Feroz é a nossa fome
Feroz nosso céu
E o fogo que nos consome
Consuma esses medos seus
Ninguém vai nos trazer
Nem recompensa nem conta
No final
Ninguém vai nos dizer
Pra nós o que é que conta
E afinal
Prá esclarecer
Prefiro pôr as cartas sobre
A mesa
Não dou meu desejo a Deus
Feroz é a natureza
Feroz todo céu
E o meu coração festeja
O acaso que aconteceu