(Manuela Rodrigues)
Não me peça pra ficar no meu canto e tentar evitar
Eu bem tento, mas pra sapo engolir tenho que muita água tomar
Não aturo pirraça, trapaça, mentira, traição
Me seguro um instante, no outro adiante explode um vulcão
Sem vergonha, com essa artimanha pra me golpear
Não se acanha, que trama, armadilha te apanha quando a esquina virar
Me expôs e nada propôs antes de atirar pelas costas
Sei que vai fugir quando o bicho pegar
Posso até me fazer de maluca
Posso até acionar a abstração
Só que tem uma hora, meu filho
Que parece embolar a questão
Eu começo ficando nervosa
Vou perdendo o controle então
Deixo o bom senso de lado,
Ultrapasso e parto pra ação
Porque eu sou de rodar a baiana, fazer vexame
E xingar todo mundo de tudo quanto é nome
Passo mal de excesso, mas não passo fome
Eu bem que sou o tipo de mulher barraqueira que apronta
Grito, brigo, bato, passo logo da conta
Porque mágoa só fica pra quem não desconta
Participação especial de Manuela Rodrigues (vocais)
Bateria: Guimo Migoya
Baixo: Natinho
Percussão: Dailha Mendes e Ivãzinho
Cuíca: Giba Conceição
Guitarras: Fábio Serrano
Palmas: Márcia, Luciano, Dailha, Ivanzinho