(Manu Lafer)
Deusa
Mas deusa densa
De véu, de luz
E consistência
Que beija e pensa
Que roça e prensa
De unha mansa
Fúria suspensa
Deusa
Mas deusa densa
De carne, osso
E transparência
Que é como um crime
Que me compensa
Que não planeja
Que prende e deixa
É densa e deusa
Curva e tesa
E eu da promessa
A displicência
Que riso, deusa!
Prosa e proeza
Pressa e paciência
Deusa
Mas deusa densa
Que não aceita
Interferência
Que quando sofre
É a natureza
Esquece e mexe
Sem choro ou queixa