(Manu Lafer)
Bate aberta a porta da casa
E sai, noite escura, de pobre luar
Trança os braços torto
E ganha a cidade deserta
Decide parar
Ela não tem pensamento
Não é igual nem aumento
Corpo de pele e olor
Tira a camisa, que pisa
Descalça, despida, distante do chão
Gira a saia solta
Na dança do tempo perdido
Visão, ilusão
Ela não quer companhia
Não é nem pareceria
Febre de se abandonar
Os seus cabelos grandes e loiros
Escondem metades de se adivinhar
Os ombros oblongos,
O rosto, o rastro,
As curvas que o vento cortar
Ela não tem sentimento
Não tem sorriso ou lamento
Tonta de passo e de olhar
Violão e voz: Manu Lafer
Arranjo de metais: Lincoln Olivetti
Rubber nose, caxixi, conga, finger slap: Elton
Darbuka: Dedé
Darbuka, timbal, caixa, triângulo: Boghan Costa
Darbuka, pandeirão, block: Léo Bit Bit
Finger slap: Alê Siqueira
Sax soprano com wha-wha, sax barítono: Rownei Scott
Trompete: Guiga Scott
Sax alto, flauta: André Becker
Trompete: Joatan Nascimento
Trombone: Hugo San
Sax tenor: Reudes Nogueira