(Lu Horta)
Roendo um osso
Pedindo esmola
Tô caindo moço
Mas bem no fundo do poço, tem uma mola...
Não vejo a rua,
Não tenho memória,
Tô descendo nua,
Lá pro fundo do poço onde tem uma mola...
Tá girando um mundo aqui bem no fundo
Tudo dentro e fora
Dá pra ver do poço
Mas vou subir agora (tá na minha hora)
Soltei meus cachorros,
Rasguei a sacola,
Gritei por socorro,
Eu tô no fundo do poço...
(REFRÃO)
Rasgando as paredes
Pra não ter demora
Quero ver a vida
Eu venho de um poço... e a morte não tem hora.