(Lô Borges e Tom Zé)
Para poder açúcar
sugar
por alegria pura
ou qualquer coisa simples
de ver
lançar-me nas alturas
Eu vivo como pétala
ta lá
no íntimo caderno
ou como margarida
que ri da
cara do inverno, um riso terno
Mas imagine o fogo
arranha-céu de males
de ser atraiçoado
com punhais
e com detalhes
Lançado nesse abismo
sorrio descarado
e amando com cinismo
mais a mim que ao ser amado
justamente me deixando enterrado
ela me vê rebrotar
brotar brotar brotar...