(Guinga e Aldir Blanc)
Música pra mim é feito o ar que eu sorvo, a mão que eu movo
e o coração na diástole
é a prima e o bordão, o traço de união que há entre blues,
Kalu, Índia e Caramuru...
O meu breque-blue
é assim uma startrek no infinito de Bangu,
um beque de subúrbio que surfasse em Honolulu e
m jegue que no Jockey Club
com freio nos dentes derrotasse alazões...
Chuva nas manhãs
e a música soa: no orfeão de rãs
Solfeja a lagoa, sola um sabiá
modula a garoa, lírios pedem bis... ...
e quem tem o dom, pega no ar,
quem sai do tom, deixa pra lá...
Música pra mim é um grito de socorra,
se terminou eu também morro.
Ela é my body and soul ou vem o corvo do Allan Põe
e pega um never more geral - cinzas, Fênix reciclando o meu carnaval.
Música pra mim não é um mega evento,
é um pega-pra-capar, questão de sentimento:
o afogado em pleno mar que agarra o vento e ri,
usa o sofrimento para flutuar...