(Mauricio Lyra, Élio Camalle e Léo Nogueira)
Esse vendaval
Foi guia da minha vida
Fez a minha nau
Ancorar num canal, perdida
Atravessei
As geleiras e a neve
Vento, me leve,
Pois sempre navegarei
Esse furacão
Fez do meu peito um deserto
Transformou meu chão
Num vão que engole o céu aberto
Estou aqui
Vendo miragens antigas
Mas aprendi
Que ninguém ganha as brigas
Um milhão de sóis
Me deram força infinita
E quando eu solto a voz
Meu peito-escudo é quem grita
Minha garganta é a santa
Que me protege
Pra que eu veleje
Enquanto minha alma canta