(Kana e Adolar Marin)
Um copo transborda, vazio de ilusão
Um copo que cai e derrama meu eu
Eu bebo da vida, sem restrição
Eu tomo esse porre, teoria e razão
Quanto mais se corre, maior é o chão
Quanto mais se morre, maior é o caixão
Vejo tanta gente, tanta gente e só !!!
Um copo na noite é um pouco do dia
Um copo de festa me testa a alegria
Eu bebo do vinho na celebração
Eu bebo sozinho nessa multidão
Meu irmão, minha irmã, meus iguais
Nossa mãe, nosso pai, nosso ai
Vejo o mundo, o Brasil, minha casa
Um copo vazio, eu cheio de sede
Um copo em que vejo um rio e uma rede
Eu bebo de mim, da minha esperança
Eu bebo sem fim com minha criança
Meu copo é meu sim, meu corpo quente
Meu copo é essa gente, é a história da gente
Vejo o sol refletido no copo da gente