(Kana e Léo Nogueira)
O beijo sai pela boca, como o palavrão
Se a vida fosse só reza, eu não tinha nascido
Vim pra tomar o que é meu, você queira ou não
Com homens é que eu lido
Meu "padim Ciço" é mestiço de ateu com cristão
Eu sou um vírus da arte, rasura em seu livro
Se aprendi a voar, foi beijando o chão
Eu morro, mas eu vivo
Só dão camisa-de-força pra quem é normal
Quando o punhal fica cego, a razão se aguça
Quando a montanha-russa for a Maomé
Verão, Canadá no Canindé
Minha flor, reguei
Com o pranto de outrora
Mas, agora eu sei
Que, na dor, quem ri é rei